segunda-feira

Terapia regada a música




Artigo publicado na Revista Terapia Musical, da editora Qualidade de Vida, apresenta depoimentos de pessoas que encontraram na musicoterapia a resposta para diversos questionamentos.



Que tal aliar música e terapia? Essa é a proposta da musicoterapia. Confira depoimentos de pessoas que encontraram nesta terapia a forma ideal de levantar a auto-estima, melhorar o humor, e, de quebra, espantar o stress e a ansiedade


Por Paula Reis


“Para começar, meu marido é músico e minha filha cantora, por isso foi fácil buscar na musicoterapia soluções para os meus problemas. Eu não conseguia me expressar direito, estava com auto-estima em baixa e não conseguia manter um diálogo com a minha filha, que é um tanto desequilibrada. As sessões de musicoterapia me ajudaram a exteriorizar os sentimentos negativos e me trouxeram auto-estima de volta.
Utilizo a música para trocar idéias com a minha filha e isso nos torna mais próximas. Consigo expor melhor o que sinto e, se me vejo com dificuldades, procuro uma música, canto várias vezes e então consigo relaxar e pensar com melhor clareza. Desta forma estou melhorando a cada dia. A música realmente movimenta a minha vida”.
Maria Antonia Barres de Araújo, 46 anos, dona de casa, São Carlos, São Paulo.



“Sempre tive contato com a música em geral por que meu irmão é percussionista e baterista profissional. O fato de eu não ter talento para ser um músico como meu irmão me incomodava muito. Por esse motivo fui buscar na musicoterapia uma solução para entender porque eu não tinha o dom da música. Para a minha surpresa, após algumas sessões, comecei a me sentir mais autoconfiante. Hoje, sei que a minha vocação não é esta, mas foco o meu trabalho cada vez mais na busca da minha auto-estima e do autoconhecimento”.
Marcelo Sanches, 21 anos, estudante de arquitetura, Niterói, Rio de Janeiro.



“Sou muito estressada, tímida e tenho grande dificuldade em verbalizar os meus sentimentos. A musicoterapia está me ajudando a controlar o stress e demonstrar através da música aquilo que eu não consigo traduzir em palavras. Sempre levo ás sessões, músicas que façam algum sentido para a minha vida e história. Nas primeiras vezes, eu morria de vergonha e tive dificuldade para me soltar. Aos poucos fui melhorando a timidez e, hoje até canto. Gosto também de ler alguns poemas e agora pretendo levar o meu teclado para as próximas sessões. Depois de oito meses de terapia me sinto mais disposta e bem humorada”.
Sandra Andrade de Oliveira, 27 anos, tradutora e revisora,São Paulo, SP


“Meus pais queriam que eu fosse a um terapeuta de qualquer jeito. Para despistá-los inventei que iria, então, para um musicoterapeuta. Para falar a verdade, eu não queria nada. Escolhi a musicoterapia basicamente por que era diferente e achei que seria mais fácil de não dar em nada. Sofria de insônia e, como as sessões eram pela manhã, eu sempre dormia. Já ia para o consultório desmotivado, me recusava a cantar e não falava nada sobre mim. Mas a minha terapeuta trazia algumas músicas legais e aos poucos fui gostando da possibilidade de criar algumas músicas também. Estou fazendo o tratamento há um ano e agora gosto de ir a terapia. Não sei se está resolvendo alguma coisa na minha vida, mas é divertido”.
Ed Carlos, 16 anos, estudante, São Paulo, SP


“Eu sofro de Transtorno Afetivo Bipolar. Fiquei meses internada. Quando tive alta, fui aconselhada pelo meu psiquiatra a complementar o tratamento com um musicoterapeuta. Não foi fácil por que meus sentimentos eram bastante confusos e me sentia sufocada na sala de atendimento. Estou em tratamento há mais ou menos seis meses e me sinto melhor. Meu humor que antes era muito descompensado, hoje é mais estável e consigo ouvir melhor o que as pessoas tem a dizer. Não parei com o tratamento psiquiátrico mas acredito que a musicoterapia está me ajudando bastante”.
Zuleica Ramos de Oliveira, 36 anos, Designer de Interiores, São Paulo, SP.


“Sofria de depressão e ansiedade. Encontrei na musicoterapia a chave da minha felicidade. Realmente mergulhei nesta terapia e hoje estou totalmente curada da depressão. Levava as sessões, músicas que marcaram a minha infância, adolescência e tudo aquilo que gostava de ouvir. Através da música consegui expressar os meus sentimentos e assim resgatar o prazer que a depressão não me deixava sentir. Nas sessões de musicoterapia, podia ser eu mesma e naturalmente fui me conhecendo melhor e fortalecendo a minha auto-estima. No dia a dia continuo praticando sozinha. Escuto muita música e não deixo mais a depressão me pegar. Recomendo para todas as pessoas”.
Elaine Cristina, 33 anos, Webdesigner, Campinas, São Paulo

“Meu filho é autista. Hoje ele tem 23 anos e pratica musicoterapia há dois anos. A musicoterapia o ajuda na comunicação e na redução de seus sintomas psicóticos. Ele leva as sessões um violão e esse é o seu instrumento de comunicação com o mundo. Estou muito satisfeita com o progresso do Marcos. O processo é longo, mas estimulante”.
Ana Maria*, artesã e Marcos*. Porto Alegre. Rio Grande do Sul.



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