
Por Paula Reis
Depois da catarata, a Degeneração Macular Relacionada a Idade, conhecida como DMRI, é a principal causa de cegueira em quem tem mais de 50 anos. A doença atinge cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo. Os danos são irreversíveis, mas a detecção precoce e a correta prevenção com o uso de vitaminas podem ajudar a combater esse mal
A degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) afeta mais de um milhão de pessoas só no Brasil, e esse número não para de crescer. São registrados cerca de 60 mil novos casos anualmente. Estima-se que nos próximos cinco anos, perto de 800 mil brasileiros possam desenvolver a forma mais agressiva da patologia, conhecida como exsudativa.
Um importante estudo epidemiológico (Framinghan Eye Study) mostrou que 5,7% dos pacientes examinados, com idade superior a 52 anos, apresentavam-se com diagnóstico de DMRI e que a manifestação dessa doença aumentava significativamente com o avançar da idade.
Segundo pesquisa da Organização Mundial de Saúde, 161 milhões de pessoas no mundo possuem visão reduzida. Destes, 37 milhões são cegas. O espantoso é que dos casos de cegueira, 75% poderiam ter sido evitados.
A DMRI é uma patologia silenciosa que pode afetar um ou os dois olhos. A doença faz com que as células da retina central (mácula) tornem-se menos eficientes. O processo ocorre da seguinte forma: a visão central fica bloqueada por um ponto negro; depois, este ponto se transforma em uma lacuna que é branca ou cinza. “A Degeneração Macular é uma doença degenerativa que atinge um conjunto de lesões da região central da retina, conhecida como macular. As alterações observadas nesta patologia se constituem principalmente de drusas, que são acúmulos anormais que ocorrem no fundo do olho”, explica o Dr. Gildo Fujii, doutor em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Oftalmologia do Instituto da Visão.
O médico explica ainda que existem duas formas de DMRI: “a atrófica, mais conhecida como ‘seca,’ esta associada em graus variáveis, a presença de drusas de todos os tipos e alterações do epitélio pigmentar, cuja repercussão sobre a função visual é habitualmente moderada e de progressão lenta”. A forma seca responde por cerca de 85% dos casos.
Já na forma exsudativa ou úmida a perda de visão é mais rápida, pode levar meses ou semanas. “A DMRI úmida compreende a formação de vasos anormais, podendo até causar hemorragia na região central do fundo de olho. Na forma mais avançada da doença ocorre o aparecimento de membrana neovascular ou de atrofia geográfica. Essas complicações são severas e irreversíveis”, alerta o especialista. Cerca de 90% dos casos de cegueira ou de incapacitação ocorrem entre os que sofrem da forma úmida da doença.
Os sintomas iniciais são a dificuldade crescente ao ler, escrever e assistir televisão. Depois de algum tempo as linhas retas parecem onduladas, cores se tornam pálidas, as palavras ficam borradas, pode-se ter a sensação de visão dupla e flashes de luz ou pontos escuros.

Causas nutricionais, histórico familiar, fumo... vários são os fatores relacionados à patologia
A causa da degeneração macular ainda é desconhecida, mas os médicos associam o desenvolvimento da doença à fatores nutricionais, histórico familiar, fumo, excessiva exposição aos raios ultravioleta, hipertensão arterial e doença cardiovascular.
É importante procurar o médico oftalmologista assim que os primeiros sintomas aparecem para evitar as complicações da doença. Às vezes, a DMRI seca se transforma em úmida conforme novos vasos sangüíneos anormais são formados sob a mácula. Esses vasos sangüíneos incham, rompem e formam tecidos de cicatrização que permanentemente danificam a visão, embaçando os raios de luz e as cores antes que possam atingir a mácula.
Segundo o Dr. Gildo, “o diagnóstico é simples, feito através de exame clinico pelo oftalmologista. Em alguns casos pode ser necessário o uso de exames complementares para se classificar o tipo de DMRI.”
Tratamento e prevenção
Conforme o tempo avança, o organismo perde os mecanismos de defesa natural. Componentes antioxidantes, como os encontrados nas vitaminas C, E e A e minerais como selênio, zinco, manganês e cobre ajudam as células da mácula a combater os danos causados pelos radicais livres.
Durante uma década, foi realizado o estudo chamado de Age-Related Eye Disease Study (AREDS), patrocinado pelo National Eye Institute, nos EUA, no qual 3.640 pacientes foram acompanhados para a avaliação de vários fatores relacionados a doenças oculares. O AREDS comprovou a redução de 25% no risco de DMRI severa e avançada com suplementação de micronutrientes, ômega-3 e outros nutrientes.
Existem diversos tratamentos decorrentes de pesquisa recente para o tratamento e prevenção de DMRI. “Uma vez instalada a atrofia geográfica na DMRI seca, não há um meio eficaz para reverter a degeneração macular que já ocorreu. Entretanto, o AREDS demonstrou de forma definitiva que o tratamento clínico com anti-oxidantes (vitaminas C, E, carotenóides, zinco) proporciona um efeito protetor nos pacientes que apresentam sinais de alto risco para desenvolver a forma atrófica ou exsudativa. A forma exsudativa pode ser tratada hoje com sucesso limitado com novos fármacos anti-angiogênicos”, esclarece o médico.
Para a prevenção do aparecimento da doença, a sugestão é o uso de suplementação vitamínica antioxidante seguindo a dosagem recomendada pelo estudo AREDS.
Alguns alimentos que contêm vitaminas oculares
Luteína e Zeaxantina: espinafre, couve, chicória e agrião
Segundo o Dr. Gildo, “o diagnóstico é simples, feito através de exame clinico pelo oftalmologista. Em alguns casos pode ser necessário o uso de exames complementares para se classificar o tipo de DMRI.”
Tratamento e prevenção
Conforme o tempo avança, o organismo perde os mecanismos de defesa natural. Componentes antioxidantes, como os encontrados nas vitaminas C, E e A e minerais como selênio, zinco, manganês e cobre ajudam as células da mácula a combater os danos causados pelos radicais livres.
Durante uma década, foi realizado o estudo chamado de Age-Related Eye Disease Study (AREDS), patrocinado pelo National Eye Institute, nos EUA, no qual 3.640 pacientes foram acompanhados para a avaliação de vários fatores relacionados a doenças oculares. O AREDS comprovou a redução de 25% no risco de DMRI severa e avançada com suplementação de micronutrientes, ômega-3 e outros nutrientes.
Existem diversos tratamentos decorrentes de pesquisa recente para o tratamento e prevenção de DMRI. “Uma vez instalada a atrofia geográfica na DMRI seca, não há um meio eficaz para reverter a degeneração macular que já ocorreu. Entretanto, o AREDS demonstrou de forma definitiva que o tratamento clínico com anti-oxidantes (vitaminas C, E, carotenóides, zinco) proporciona um efeito protetor nos pacientes que apresentam sinais de alto risco para desenvolver a forma atrófica ou exsudativa. A forma exsudativa pode ser tratada hoje com sucesso limitado com novos fármacos anti-angiogênicos”, esclarece o médico.
Para a prevenção do aparecimento da doença, a sugestão é o uso de suplementação vitamínica antioxidante seguindo a dosagem recomendada pelo estudo AREDS.
Alguns alimentos que contêm vitaminas oculares
Luteína e Zeaxantina: espinafre, couve, chicória e agrião
Betacaroteno: Cenoura, espinafre e tomate
Vitamina C: Laranja, limão e acerola
Vitamina E: Óleos vegetais, azeite e soja
Selênio: Manteiga, gérmen de trigo e vinagre
Zinco: Grãos de cereais, frutos do mar e ovos
Oriente o consumidor a adotar medidas que garantam qualidade ocular
Oriente o consumidor a adotar medidas que garantam qualidade ocular
- Descansar o suficiente para se sentir bem
- Usar óculos de sol com proteção ultravioleta
- Não fumar
- Diminuir o stress
- Manter uma alimentação rica em vitaminas
- Fazer exercícios regularmente
Extra da edição
Regiões de clima seco interferem na doença?
Várias são as causas do olho seco e uma delas são os fatores ambientais, incluindo a presença de vento, ar-condicionado, clima seco, presença de poeira, fumaça, etc.
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